01/03/2011

PAI

Dentre tantas perguntas que, de verdade, me perturbam a mente, "por que nasci?" é a mais intrigante.
Pra que esperar tanto ao nascimento, e após o nascer, por que crescer; se a sustentabilidade natural da vida, de fato nos sufoca ao ponto de não sabermos mais apreciar as coisas pequenas aos olhos, mas grandiosas ao coração, tão significativas à alma, tão precisas ao espírito de quem nos ama e talvez não consiga dizer que ama, mas anseia inquietamente ouvir e se fazer falar ?  
P
ois bem, chegamos a fase adulta e não aprendemos como ganhar e ver partir, não deciframos a arte de conviver e perder quem amamos genuinamente, não aprendemos que a vida é feita de sins e nãos, de chegadas e despedidas, o meu pai não me ensinou isso.
Tantas palavras não foram ditas, tantos choros faltaram ser trocados, quantos riso ausentados, quantos abraços não foram dados, ah! Tanta vida pra se viver e você foi embora. Levou alegrias, sonhos, desejos, deixou saudades, tristezas, medo... Me deixou aqui. O que seu caçula fará, se até hoje concedi-me sempre aos teus juízos?
Existe um jornada que eu jurava que fosse viver contigo e agora sou obrigado a segurar as rédeas e seguir sozinho, até descobrir o que você fez para mesmo só, criar um filho que chegou ao dezenove anos, e sentiu cair pra entender o peso de uma palavra que embora muitas vezes tenha dito, nunca outrora havia entendido o que de fato significava. MEU PAI, AH! PAI, EU AMO VOCÊ.

(
Christiano Costa )

Nenhum comentário:

Postar um comentário