24/12/2012
Luar Do Meu Sertão .
Sono alto ao timbre russo e rustico em se perder no ouvido,
Sino solto como flecha, fincando um altar de vidro,
Tudo foi, como se nunca tivesse ficado,
Hoje o que se é, um dia ser só relato .
Qual o sentido de ser, quando não há o que comer ?
Quando o que se é, não condiz com o que não se soube ser ?
Longe, um grito de socorro junta-se às dores do inconcebível,
A tristeza da dor de quem se honrou, mas não alimentou seu filho .
Meu amor uniu-se a seca que secou um coração,
Empedrou a alma, mas desabrochou cantiga,
Onde doeu fui vaidade de quem não pôde se fazer em rima,
Mas feliz ficou verdade por saber que não se é mais uma mentira .
ChristianoCosta .
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